A arte de ter um Journal: recomendo!

Hoje li essa frase de Oscar Wilde e pensei em falar desse assunto, ele disse: "Nunca viajo sem o meu diário. É preciso ter sempre algo extraordinário para ler no comboio."

Há quase dois anos adquiri o hábito de registrar, num diário, ideias, acontecimentos, pensamentos, besteiras, revoltas, sentimentos ... inicialmente o fazia no computador, até que um dia decidi iniciar essa tarefa à mão. A forma não faz muita diferença, quer dizer ... faz uma diferença e tanto para mim, mas em outra ocasião falo da minha paixão por tinteiros e papel, isso mesmo, canetas tinteiros! Ainda se usa, são ecológicas (duram uma vida inteira), lindas e nos dão o prazer de sujar os dedos de tinta ao carregá-las. Mas vamos voltar ...

O journal faz uma diferença extraordinária na minha vida, escrever ajuda a organizar os pensamentos, é como se eles drenassem para o papel, eu os estruturasse e fizesse upload no cérebro de modo mais leve. Sem contar que ler o journal, após algum tempo, é divertido, por vezes é emocionante ("algo extraordinário" para ler no comboio!).

E por que recomendo? Porque manter um journal me ensina a pensar melhor e me ajuda numa tarefa muito nobre e difícil: praticar autoconhecimento, entender quem sou, como me comporto, o que julgo necessário transformar.

Para mim é um método para desenvolvimento de inteligência emocional. E cá entre nós, eu tenho certeza que nesse século, são afortunados os que desenvolvem essa habilidade.

E como começar? COMEÇANDO! Não tem segredo! Pegue papel e caneta, ou lápis, ou o computador, ou o celular e registre! Cada um vai desenvolver seu formato personalizado, o journal é pessoal e intransferível, e aos que o fazem manuscrito feito eu, a fonte é única no mundo. É uma delícia ver a própria caligrafia ao longo do tempo, mas esse já é assunto pra outro texto ...