Escrever e (é como) andar de bicicleta

Há muitos dias não escrevo, mesmo no meu journal, mas hoje recebi uma mensagem que me fez voltar a pegar papel e pena. Então, mãos a obra! Bora!

A mensagem dizia assim: "O livro da Denise me emocionou muito. No sentido de mexer mesmo com as emoções: boas, ruins, risos, nervoso, choro, lembranças tantas."

Li e me lembrei de uma frase pronunciada pelo querido Jabor "Escrever é não esconder a nossa loucura." Então falando em loucura, pensei em contar a minha mais recente.

A história começa com uma vontade de fazer uma prova com três modalidades (nadar, pedalar e correr), corro e nado razoavelmente, então, me faltava ter uma bicicleta. Parecia simples, mas não é não! Tanto melhor que seja complexo mesmo, sou o tipo que não se sente menor que nenhum desafio.

Ainda estou enroscada nas minhas dificuldades, mas aprendi um tanto, aprendi que sapatilhas de ballet derrubam menos que sapatilhas de bike, aprendi que este é um esporte que tem seu preço (e é alto!), aprendi a ser uma motorista que sempre (sempre mesmo!) dá passagem a um ciclista, aprendi que estar em grupo é mais seguro e animado que estar só (o WhatsApp que o diga!), aprendi que subidas podem ser viciantes e, uau! Relembrei que 1 milha é igual 1,60934 km (isto mesmo, porque cada casa decimal conta rsrs), entendedores entenderão ... mas voltando, dentre tantos aprendizados, registro aqui o mais interessante, a mim.

Aprendi que é bem melhor ser brisa, que ser vento! A brisa é gostosa, suave, aprazível e produz um bem estar incomensurável. Já o vento, ah o vento! Empurra pra trás, pesa nas pernas, escapole e penetra os óculos incomodando os olhos e atrapalhando a visão, é frio ... desejei ser brisa por onde andar.

E se tiver que enfrentar o vento, que seja em grupo! Alternando o vácuo!

Neste momento me sinto deslizando sobre o teclado, gosto bom de escrever, porque escrever deve mesmo ser feito andar de bicicleta, a gente aprende uma vez, e, se toma gosto, é para sempre!